Prazer,
eu sou a Concordância Nominal. Sou presença obrigatória nas festinhas da Língua
Portuguesa; busco harmonia entre o verbo e o sujeito ao qual se liga (eles são
muito brigões, sabe?).
Como são
vários os casos de concordância nominal (ela é muito namoradeira), e porque
muitos se confundem com a concordância nominal das expressões é necessário;
é claro; é bom; é proibido; é adequado; é obrigatório, vou mostrar como é
simples entender a regra.
Percebam
que essas expressões se formam a partir do verbo SER + ADJETIVO (ou verbo
no particípio funcionando como adjetivo).
Quando o
sujeito da oração aparece em posição final, faz com que ocorra concordância
em gênero e número entre o predicativo do sujeito (necessário, adequado,
claro, obrigatório e etc.) e o sujeito ao qual se liga
(concordância nominal) e ainda a concordância em número e pessoa entre o verbo
e o sujeito (concordância nominal).
Já nas
orações em que essas expressões antecedem um sujeito não determinado, não há
variação da expressão. Isto é: as expressões devem sempre apresentar: verbo
SER na terceira pessoa do singular; e predicativo do sujeito no
masculino singular.
É muito
simples, meu povo, eu não complico nada!
(a) Se
não aparece artigo ou pronome acompanhando o sujeito, sinal que é invariável.
Veja:
Pimenta é
bom nos olhos dos outros!
É necessário documentação completa para entrar
na festa.
É
proibido
permanência de meninas no salão.
É
permitido fotos no
salão.
(b) Se o
artigo ou pronome acompanha o sujeito... tudo muda:
É
proibida a
permanência de pessoas neste salão.
É
necessária a documentação
completa.
É
obrigatório o uso
do crachá no salão.
É boa
esta cerveja? Não. É
bom este conhaque, experimente.
Viu?
Não falei que era fácil?